(C) OpenDemocracy This story was originally published by OpenDemocracy and is unaltered. . . . . . . . . . . ‘Virou normal’: migrantes falam de racismo no Brasil [1] [] Date: 2024-04 A legislação brasileira oferece proteção a refugiados e migrantes que não estão disponíveis em muitos outros países. No entanto, muitos migrantes – especialmente os da África Subsaariana – ainda lidam com o racismo e a xenofobia generalizados. Ataques racistas tiraram a vida de pessoas que buscavam segurança no Brasil, e houve várias tragédias nos últimos anos. Em 2022, um jovem congolês chamado Moïse Kabagambe foi morto em um quiosque no Rio de Janeiro. Em 2020, um angolano chamado João Manuel foi esfaqueado em São Paulo. Esses assassinatos abalaram a comunidade de migrantes no Brasil, e muitos vivem com o medo constante de assédio e ataques. Discriminado por aqueles que deveriam protegê-lo "Nunca saio sem documento. Não se sabe o que vai acontecer. Você não sabe o que vai acontecer. Você chega a uma instituição como a Polícia Federal, que você espera que seja livre de racismo e xenofobia, e é discriminado por aqueles que deveriam protegê-lo. Eles sabem que você não fala a língua, mas não se importam. Eles falam com você e, se você não entende o que eles dizem, eles começam a xingar e a ofender. Eles deveriam usar tradutores em vez de humilhar ou dizer coisas como "volte para o seu país" ou "senta aí, se você não tem nada a dizer, ninguém vai ouvir". Isso aconteceu comigo! O fato de essas coisas serem ditas em uma delegacia da Polícia Federal me choca muito." O racismo está em toda parte aqui "Vivemos com o racismo aqui. Ao entrar no metrô, por exemplo, você sente isso. Você coloca a mão naquela barra de ferro que as pessoas seguram quando estão em pé, e a pessoa ao seu lado tira a mão da barra e se afasta de você." A polícia ignorou minha denúncia de discurso de ódio "Às vezes você entra no shopping, ou entra em uma loja, e dá para perceber que eles acham que você não vai comprar nada. Eles acham que você vai roubar alguma coisa. Eles olham para você e fazem careta. Uma vez tentei relatar à polícia que me chamaram de macaco, mas até mesmo a polícia militar me disse: ‘você está morando aqui como um favor’. Então agora eu só respondo: 'macaco fala com macaco, né?’” [END] --- [1] Url: https://www.opendemocracy.net/pt/beyond-trafficking-and-slavery-es/viver-como-migrante-no-brasil-8/ Published and (C) by OpenDemocracy Content appears here under this condition or license: Creative Commons CC BY-ND 4.0. via Magical.Fish Gopher News Feeds: gopher://magical.fish/1/feeds/news/opendemocracy/