A tua mão erguida, apontando na minha direcção, desperta em mim o medo desperta em mim a vergonha. A vergonha de ser quem sou, a vergonha de estar como estou, a vergonha da minha fraqueza, a fraqueza que me deixa incólume face à injustiça. Esta injustiça que não sendo minha ainda o é, esta injustiça que não sendo minha me alimenta, como diz o outro "tu és o que comes", se comes injustiça o que esperas ser? Nada mais receio do que tenhas razão. Estocolmo, 10 de Agosto de 2020